Agricultores são incluídos no Programa de Segurança Alimentar do Rebanho

 

Palma adensada. É com essa nova cultura que os agricultores familiares dos municípios de Floresta Azul e Itapé, no sul da Bahia, vão trabalhar na região. Mais comum no semiárido do estado, o cultivo da planta faz parte do Programa de Segurança Alimentar do Rebanho da Agricultura Familiar, que vem sendo desenvolvido pela diretoria de Pecuária da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), desde o mês de setembro de 2011.

 

De acordo com o técnico em agropecuária da EBDA, Nelson Fernandes Moura, que coordena a cadeia produtiva da bovinocultura leiteira na região e conduz os trabalhos com a palma na região, o cultivo será utilizado para alimentar o gado no período de estiagem.

 

“No início deste ano sofremos três longos meses de estiagem, que fez reduzir em mais de 60% a produtividade de leite nas propriedades dos agricultores familiares. Isso serviu para chamar a atenção dos agricultores para a necessidade de se criar reservas estratégicas alimentares”, disse Moura.

 

O programa da EBDA contempla a implantação de duas Unidades Técnicas Didáticas (UTDs) no sul. Com a colaboração das engenheiras agrônomas do Programa Pacto Federativo, Raquel Moraes e Pabliane Ramos, foi realizada a escolha e mobilização das comunidades que trabalharão nas UTDs, além do repasse teórico do programa e outras ações como a escolha das áreas, a coleta de amostra de solo, demarcação das áreas, a marcação de pontos e coordenadas geográficas com utilização de GPS, além da elaboração do plano de ação para o desenvolvimento das ações.

 

As associações beneficiadas são a dos pequenos produtores e moradores do distrito Santa Teresinha, no município de Floresta Azul, e a dos Produtores pronafianos da Vila de Itamaracá e adjacências, em Itapé. Segundo Moura, “o critério de seleção dessas comunidades foi definido pelo nível de organização das associações e a localização das áreas em municípios de menor pluviosidade”, comentou Moura.

 

Mudas - A previsão é que as raquetes de palma comecem a ser plantadas no mês de outubro deste ano, quando os índices pluviométricos dos municípios escolhidos são menores, porque não pode haver o encharcamento do terreno no período do plantio.

 

Um dos principais objetivos é utilizar essas UTDs como banco de multiplicação de mudas, onde os beneficiados irão produzir e distribuir as mudas de palma entre os agricultores familiares da região. No município de Floresta Azul, o programa conta ainda com o apoio do escritório local de Ibicaraí, por meio dos técnicos do Pacto Federativo, Luis Adalberto e Ludmila da Vitória.